Nostalgia
Tenho um grande amigo. Comecei a ter vida social só com treze anos, foi quando conheci os únicos amigos que tenho hoje em dia fora do meu nicho social. Mas lembro especialmente de um deles que sempre interrompia as partidas de futebol pra ir ao banheiro em casa.
Partidas essas que se realizavam em uma quadra que ficava no ponto mais estratégico pra todos, no meio do caminho entre os meninos mais pobres e os meninos menos pobres. Os meninos mais pobres desciam pra jogar e os meninos menos pobres subiam. Eu era um dos que subia. As partidas eram sempre jogadas com mais garra do que o necessário e nunca haviam vencedores ou derrotados, só meninos cansados e sujos, ganhava quem estivesse mais sujo e menos cansado. Eu era sempre um dos mais sujos e o mais cansado, também pudera, era goleiro.
Parece que todos os meninos viraram vendedores, os mais pobres vendem coisas menos caras e os menos pobres vendem coisas um pouco mais caras. Os mais pobres só trabalham e tomam conta das famílias que já têm. Os menos pobres trabalham, tentam estudar ainda e se divertem no pouco tempo que sobra entre o trabalho, o estudo e a cama.
Essa nostalgia deve fazer bem, lembrar das raízes é sempre bom...
Como é mesmo o nome daquela música do Barão Vermelho?
1 Comentários:
po...
não sei
mas pelo visto, nostalgia ao menos pros textos faz um bem danado
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